Ela gostava de música. Boas e más músicas. Não importava, ela só queria ouvir o cantarolar dos discos na sua vitrola antiga e dolorida. A meretriz escolhia um trilha pra cada noite do dia. Cada homem que na sua cama dormia, a ele uma música dedicaria.
Péssimo era que tanto as músicas boas, quanto as músicas ruins eram tristes, sempre tristes. Os intérpretes pareciam cantar lágrimas e sofrimentos. Dó-Ré-Mi-Fá-SÓzinha. Era assim que ela se sentia, e sentia isso com os ouvidos, em tons e timbres graves desprovidos de qualquer alegria.
Bruna Guedes_
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