sábado, 13 de agosto de 2011

Clarividência

Rebecca

Olhando o branco lúgubre dos olhos daqueles, vejo com a memória o que antes eu enxergava com os olhos. Lembranças fedidas que de tão velhas ficaram apodrecidas. E a couraça impermeável de qualquer afetividade, furta-me das virtudes de uma vida docemente lembrada e mais, de amar e ser amada. É triste a sorte de quem veio ao mundo para esgotar todas as suas lágrimas.

Bruna Guedes_

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Falo de Gente

Elodie

Comigo tenho poucos, pouquíssimos mesmo. Descobri isso hoje, olhando pra trás, e querendo a todo momento estar míopo. Mas sei que pra esse tipo de descoberta não se precisa enxergar e sim, sentir.




Bruna Guedes_

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Do Que Não Sara

Pedro Franz
Os cortes nunca saram. - Por quê? Porque sofro de quelóide na alma. E a cada lesão diária, as cicatrizes ficam cada vez maiores, avermelhadas e mais machucadas.



Bruna Guedes_

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sobramos


Desconhecido


... (espero que as coisas passem e só sobre a gente, você e eu) 



Bruna Guedes_

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Contos Encolhidos- Palco da Vida

Rebeca Dautremer
Assistindo espetáculos da vida real, observa-se pessoas chorando alto, sorrindo pouco e fingindo que gostam um  dos outros. Pior, fingindo que gostam da vida que levam soprando sorrisos falsos e textos nas suas vidas onlines de felicidade amável. Mas na verdade, chegaram ao fundo de um poço raso  que nem água encontraram. Mas ali no canto, alguém assiste tudo de longe e acredita que a grama do outro,  se olhar de perto, não é mais verde e nem melhor que o seu teto.

Bruna Guedes_