quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Agradecimento à vida


Curtam esse maravilhoso texto de uma, mais nova, colaboradora do Clic Fútil; Mariah Flor, a nossa radialista.

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez
pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos
de ser e de fazer os outros felizes. Muitas flores são colhidas cedo
demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e
há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala,
tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo
estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram
plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos
outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas
preciosos. Perdemos dias, às vezes anos.
Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos
ficar em silêncio. Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque
algo em nós impede essa aproximação. Não damos um beijo carinhoso
"porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos
porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os
mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que
não temos suficiente. Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos.
Nos consumimos.
Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que
a gente. E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem
menos? Isso faria uma grande diferença!
E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos
fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos
perguntamos: e agora?!
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o
abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que
temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra
gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos.
Olhe para frente !   Ainda é tempo de apreciar as flores que estão
inteiras ao nosso redor. Ainda é tempo de voltar-se para dentro e
agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós.
Antes de magoar alguém pense bem, pois como já dizia o poeta, uma
flecha atirada, um tiro dado e uma palavra dita, não volta atrás!!!
Assim penso eu.

Mapa do Amor



Este é um coração de quem ama à distância, de quem ama às custas da saudade, de quem ama o amor e pratica o verbo amar em todas as suas conjugações.


Bruna Guedes_

Líquida Amazônia

O calor chegou às terras tupiniquins, aliás, ele nunca foi embora daqui. Mas é que dessa vez ele está mais forte, mais quente e na cor laranja. O sr. calor chegou decidido a derreter o que for: desde corações partidos a pedras de gelo desenhadas. Posso colocar a culpa no aquecimento global? Ou nos tratados que na prática tem outra teoria? - Talvez. O fato é: Há uma liquefação geral. São esperanças, sorrisos, saudades, amores e até dores; o calor não perdoou, derreteu tudo, quer dizer, quase tudo, pois não derreteu a minha preguiça de terminar, decentemente, esse texto.


Bruna Guedes_

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Eu vejo, logo, sinto





Saudade é olhar para aquilo que já passou, mas continua lá, personificado de alguma forma, seja no email enviado, recebido, em uma foto impressa, peça de roupa, perfume, música ou bilhetes. O passado sempre está por perto, entranhado no nosso presente através desses objetos, fazendo-nos voltar ao tempo sempre que abrirmos os olhos.




Bruna Guedes_

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pra não dizer que não falei das flores

Por: Andréa Zílio


Sua sutileza entranhada em formas delicadas criam associações com
freqüência com a alma feminina. As flores sempre estiveram presentes
em nosso cotidiano. Até aí nenhuma novidade, ao contrário, clichê.
Mas, da modesta chita que traz em suas cores grandes formas,
utilizadas para confeccionar roupas de São João, ou encapar os mais
humildes estofados, agora elas estão nas principais passarelas, em
destaque, coloridas, ousadas, extravagantes, é a tendência.
As flores que inspiram os poetas, embalam canções, marcam estações são
dicas de uma nova brincadeira. Dando formas a brincos, bolsas, anéis,
pulseiras, roupas, objetos decorativos, até mesmo revestindo paredes,
elas a convidam para um novo olhar, não se iniba, ouse nas flores e
exale elegância.

O velório onde não há cadáver



O tempo frio endurece meus dedos e meu coração. Tentei chorar, o vento gelado secou a lágrima viúva que tentou cair do lado esquerdo do meu rosto. Ela, a lágrima, não foi involuntária, tinha motivos para querer desaguar ali. Ela, a lágrima, estava de luto, pois perdeu seu companheiro: o cílio. A lágrima e sua Dona estão sozinhas; só!solidão! Pois ela, a sua Dona, agora é órfã.


Bruna Guedes_

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Dependente Sentimental







A alegria é como um vício. E o mal do mundo é viciar em coisas ruins devido a incessante busca da droga perfeita: a felicidade.


Bruna Guedes_

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O verbo Ir no infinitivo





É nisso que eu penso todos os dias, penso em IR...
E logo penso, também: ir pra onde? Ir quando? Ir por quê?
Ir pra quê?
Eu apenas quero ir, sem porquês, sem motivos, sem nada, quero ir nua, mas não quero despir meu corpo e sim minha alma, ir vazia.
Mas que fique bem claro, estou indo porque, sobretudo, quero ficar. No infinitivo também.


Bruna Guedes_

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

Paradoxalmente Falando...

Acredite: as coisas mais caras que possuímos  na vida sempre vêm de graça. É por isso que é tão difícil de tê-las e mantê-las.




Bruna Guedes_

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O que é que tem no fim? -Uma luz

Sempre ouço falarem que há uma luz no fim do túnel. Mas será que essa luz existe mesmo? Pois tô achando que o fim do túnel é mais escuro que o restante do caminho que o antecede. Acho que quem inventou essa frase, diga-se de passagem- muito usada, criou mesmo só para aliviar a alma das pessoas agoniadas, prá deixá-las esperançosas e blablá. É até confortante quando você ta com um problema e pode pensar: 'Ahh, há sempre uma luz no fim do túnel'. Isso te faz ficar até um pouco mais alegre, acho que chega a dar “uma forcinha” para criar coragem e tentar achar meios para resolver os problemas.Mas, no entanto, porém e todavia, fiquei pensando e repensando e acho que essa história de luz no fundo é só lorota mesmo. Você tem que resolver seus problemas com o que tem disponível para enfrentá-los e, se não houver túnel pra seguir, vá atrás de outros caminhos. Siga o coração e não túnel.


Bruna Guedes_

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A gente se apega mas não se pega

Tomate amorosos
Viva as paixões que sobrevivem a distância. Viva aqueles que têm como termômetro do amor a saudade. s2



Bruna Guedes_

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Toda segunda é assim...

Eu, Brunita, Roberta e Maressita desejamos "beijo"  aos leitores queridos que passam por aqui... Uma boa semana pra nós.

domingo, 5 de setembro de 2010

Chá de Cadeira..

 Nesse período de campanha eleitoral o que mais tomamos no trabalho é aquele famigerado chá de cadeira.  Ficamos horas e horas sentadas nas nossas cadeirinhas olhando coisas fúteis no computador enquanto esperamos a produção do  texto, ou da pessoa que vai gravar o programa, as inserções, o comercial e afins. Mas a vida é assim mesmo: Uma enterna espera, seja de sonhos,  do ônibus, de um amor, de uma carta, de um filme no cinema ou de um chá. Sempre vamos ter que esperar.O que nos resta e nos acostumar  com o gosto do chá, porque ainda tem um bocado de cadeira pra gente sentar nessa vida...


Bruna Guedes_

sábado, 4 de setembro de 2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A externalização dos tímpanos


Googleimagens

Aquela agonia posou em mim, decorada com flores do campo e com uma trilha musical que pode ser denominada como “melotriste". Não sei se é a TPM, talvez, não sei. A vontade de chorar só cresce, cresce. Já é adulta. Choro por quê? Porque tenho o que eu não tenho. Não se sabe. Podia ser uma onomatopéia, mas não, é uma personificação. As linhas vão sendo preenchidas como se o teclado tivesse vida- personificação, não sei o que escrevo, mas fica muito melhor com músicas nos ouvidos. Os ouvidos estão escrevendo agora, por isso não consigo ler o que está escrito, ouvidos não sabem ler, no máximo conseguem ficar surdos. Mas esse é vivo. Paisagens com ipês, sempre foram as preferidas do casal. Olho ao lado e parece que a imagem é repetida: Ouvidos e dedos ocupados no momento. Um trabalho duplal, ouvidos escrevendo com ajuda dos dedos. Não tenho mais tempo para ler. O corpo anda muito ocupado, os olhos estão cansados e as letras parecem pesadas. Preciso daquele livro. Aquele que você me deu de presente sem ser meu aniversário. Você adora me dar presentes. Guardo tudo numa caixa. Parece poesia. Às vezes tenho nojo de poesia. Parece tão falso. Não, não é a poesia. É você escrevendo com a ajuda dela. Deixa ela descansar em paz. Aqui jaz. Use as palavras, a sua tipografia. Me use. Me come! Te amo.Te acreditamos. Caminho nesse sol-chuva de setembro. O peito está cheio de cores/amores/dissabores. Preciso de um guarda-chuva. A tinta é guache. Vai desbotar meu coração. Não, baby, não vá embora. Fique. Adeus. Nos vemos em agosto. Mas o mês 08 não presta. É triste e úmido. Culpa das lágrimas. O papel também é úmido, eu sei. Culpa das lágrimas que choram pelos meus dedos. Escrevo triste. A culpa é dele que têm olhos de açúcar. Quem mandou olhar para os meus olhos de soro caseiro. Água ; sal; açúcar. Mais água. Incólume. Mentira. Não foi salva. Olha o peito dela cheio de cicatrizes. Posso dormir? Não. Você ainda tem que ficar aqui. Sofra de sono. - mas eu já coleciono tantos sofrimentos. Me deixa dormir, quero sonhar. Essa não é parte boa da vida? Não é por isso que vivemos, porque acreditamos que vamos realizar todos aqueles sonhos. Que bobagem. É o eufemismo da vida. Ela é eufêmica. Sua Puta. Mas só assim conseguimos viver- sonhando, acreditando e depois nos iludindo, até encontrar um novo sonho para acreditar. O ciclo se inicia novamente. Quão burros nós somos, né? Merda. O telefone tocou. Pensei que fosse você. Sai daqui rima, você vicia. Essa vaca adora aparecer por aqui. Queria decorar um dicionário. Alguém perguntou se quero fazer um curso de letras? Não?! Mas então, eu quero. Têm poucos sinônimos por aqui. Gosto de palavras velhas. Já vovós. Mas elas estão se embalando no dicionário e tomando um cafezinho todo fim de tarde. Agora podia ser o “The End” do texto. Mas nem falei de Deus ainda. Que Pecado. Preciso ir à missa. Ela é a minha terapia dominical em grupo . Hoje o pai faz aniversário. Queria dar a ele um pedaço de bolo. Não lembro de ter “assoprado” velas com ele. O que acontece com uma pessoa que nunca assoprou velas na vida? É infeliz?- Talvez. Deus é maravilhoso. Ele me deu amor. Ai, que vontade de chorar. Olho uma pintura parisiense; tem um par de amorosos ensaiando uma dança. Mas eles não estavam ali, eles não existem, foi só alguém que quis que aquele momento existisse, que aquele casal fosse real. Partiu.
Ele é o amor da minha vida ou é um amor na minha vida?[Silêncio].A música acabou, e eu nem sequer falei de nós. Tudo bem, amanhã a banda vem tocar de novo.



Bruna Guedes_

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

E essa TPM que não passa?




Sou mulher, e daquelas que vêm com todos os acessórios disponíveis no mercado feminino. E um deles é a MAL-DITA*  TPM. Sofro com a tensão, literalmente. Viro uma sentimentalóide daquelas que todo mundo quer longe de si. Torno-me a pessoa mais sofrida do mundo. E isso é o ÓÓ!
Hoje é o 1º dia dela, então, já tenho que me precaver, passando longe de tudo e de qualquer coisa que me faça chorar- (Tá, eu sei. Não é muito difícil me fazer derrubar algumas lágrimas, mas nesse período de TPM a facilidade potencializa)- O certo mesmo seria ficar em casa trancada e isolada, sem qualquer contato com o mundo exterior . Mas aí eu ia  ficar pensando na vida, né?!?! E quando a gente pensa na vida já sabe o que acontece: BATE AQUELE DESESPERO, mesmo não estando na TPM. Mas enfim,  vou continuar caminhando contra o vento, com MUITOS lenços e alguns documentos, porque é da vida ser mulher.


P.S.: Ouvir Caetano Veloso na TPM não é uma boa opção.

Bruna Guedes_