Tudo aquilo que eu esquecia ou negava, soube vagamente em plena queda,
era o que eu mais era.
O Pecado da Lúxuriade Ana Porfirio, el El Viernes, 08 de octubre de
2010 a las 15:08
Toca-me assim, primeiro devagar, como uma brincadeira,
um reconhecimento,
o toque da pele, sedoso ou mesmo áspero,
de dois corpos que se apresentam ou reconhecem.
Toca-me assim, devagar,
ao de leve,
deixa crescer assim a vertigem a ansiedade.
Toma-me assim com as mãos, com os lábios.
Deixa-me tocar-te assim também,
com calma, firmeza, hesitações,
com força, com medo, com ansiedade,
com fome.
Deixa crescer essa vontade.
Pára!
Recomeça, deixa entrelaçar braços, pernas, dedos.
Sente o meu cheiro em ti, eu sinto o teu em mim.
Não chega, queremos mais, mais tempo, mais rápido, mais lento.
Olha para mim, sussurra-me ao ouvido,
toca-me devagar com os dentes,
como se mordesses um fruto.
Deixa acabar a vertigem.
Toca-me outra vez, com a calma e ânsia da fome voraz, saciada.
Texto enviado por Mariah, colaboradora do Blog, para os leitores do Clic Fútil.