sexta-feira, 29 de outubro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vanish Pro Coração!


Bom seria se pudéssemos lavar o coração assim como lavamos as roupas. 
Aí, toda vez que o coração se sujasse era só coloca-lo pra lavar, secar e usa-lo de novo.
 -Isso seria tão fácil quanto utópico.


Bruna Guedes_

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O menino-bom-de-cama

Ilustração Afonso Dolabella

Infeliz foi aquela que olhou para os olhos travessos e acreditou nas palavras fogozas daquele moço. Tadinha, ela mal sabia que o que ele sentia era apenas desejo libidinoso e não amor. Nunca amor.

Bruna Guedes_

Diálogo descabido & intransferível: O Blush Comestível

Ilustração Carol Burgo
  
  Nossa, como você é rosada!
- É que eu como muita beterraba.

Bruna Guedes_

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O diálogo é só intransferível: Olhos Açucarados

Ilustrador Não-Identificado

Lágrimas  doces cairam por aqui..
-Mas de quem são essas lágrimas?
dele, do menino dos olhos de açucar.
-E por que o choro dele é tão doce?

Porque ele é feliz!

[O menino de olhos de açucar existe, mas nao fui eu quem o criou, embora o tenha personificado na minha vida].


Bruna Guedes_

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sou uma 'verdade inventada'

Eu e meus, miúdos, escritos somos apenas um personagem literário; só existimos no papel. Por isso, não vais encontrar nada sobre mim por aqui, e nem sobre você também. Rá!

Bruna Guedes_

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Contos -Lascivos- Encolhidos

Ilustração Weberson Santiago







Tinha um recheio entre a pele e o osso de encher boca e olho de enorme 
desejo, fervorosamente, libidinoso.




Bruna Guedes_

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Diálogo descabido & intransferível: O Regime

Ilustração Carolina Bottura


Você está tão fina, me conta, como fizeste esse regime?
-Eu sequei pelos olhos.
Mas, como assim pelo olhos?
-Simples, chorei calorias de lágrimas.


Bruna Guedes_

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Da Série: Coisas que a gente gosta


Uma Publicitária cheia de sonhos e alegrias, assim eu sou. O trabalho é a minha vida e diversão. Sou muito vaidosa e não vivo sem uma boa maquiagem. E o que eu mais amo é aquele travesseirinho (do qual, fui premiada com o troféu "Soninho") que me dá aconchego quando eu mais preciso, meu companheiro, meu mimo.
As coisas simples me dão vida, me enchem de cor, emoção e agitação.
E o que importa é estar bem, rir com amigos, dançar, pipocar e ser feliz!

Maressa


                               
               


- Ei menina, te acalma que eu já tô chegando. 
- Pelo cheiro já sei aonde vais. 
- Comíamos goiaba, escondidas, como se fosse o mais doce pecado. 
- Alfredo te acalma é a Gisele, nossa filha. 
- Mulher é o diabo. 
- Até hoje espero por ela, na padaria...     

Palavras simples, diálogos da boca de qualquer um, assim começo. Porque eu gosto de coisas boas, gosto de olhares aguçados, gosto da sensibilidade do ser. 
E quer saber? Na minha bagagem tem algo que não sai. Ela, Elisa Lucinda, uma escritora que me delicia todos os dias com seus contos de vista. Alguns já encenei, outros guardei. 
Ciúmes? Não tenho não, tenho apreço, gosto e zelo. 
Deito algumas noites contando estrelas sem medo de uma verruga no dedo. 
Eu? Assim. Brinco de ser feliz, presto atenção onde piso e quando tenho medo aperto minha boneca e aparo contos em noites escuras.

Beijo de língua;
@marisa_roberta


Gostos&Desgostos

Literatura sempre foi minha paixão, e ela vem antes dos tempos do terceirão (último ano do ensino médio). Nas provas, as notas eram boas porque me interessava por aquelas pessoas escritoras. E falando em pessoas escrevinhadoras quero explicitar, aqui, o meu  sentimento de gosto pela Clarice Lispector, ela é uma da minhas favoritas. Gosto dos seus escritos tristes, secos e cheios de dúvidas na sua linguagem única. Mas o que mais me encanta nela  é que, Clarice, escolheu a literatura como bússola em sua busca pela essência humana e é por isso que tem sempre alguma coisa Lispectoriana perto de mim, seja um livro ao lado da cabeceira, ou uma frase dela perto da minha cabeça e do meu coração desbravado e selvagem. 

Desgosto mesmo eu só tenho pelo alface, porque além de ruim é verde! rs



Bruna Guedes_




Eu não nego, sou "seriemaniaca", fico viciadas nessas coisas, e detalhe, morro de ciúmes quem me pede emprestado, sofro esperando o dia da volta (Não! não sou egoista, é que eu morro de ciúmes, eu juro!) sou fã das minhas coisas,não vivo sem meu celular, sou viciada em Greys, adoro o mau humor do House (devo confessar, assisto porque comparo ele aos meus chefes). Não sou lá de muita leitura ( isso é feio pra uma jornalista?) Ahhh dane-se! então como falei, não sou de muitas leituras, mas as que selecionei pra ler, tenho um verdadeiro apreço por elas, Amo a biografia de Tim Maia, adorei o suspense de Eu sou o mensageiro, Gosto de Augusto Cury e a realidade de Khaled Hosseini. 
Em 2012 quando o mundo se acabar, faço minha mala em dois tempo, eu já sei o que vou levar para Arca ....

Por: Luluzinha

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Contos Encolhidos: pretérito-não -perfeito

Stina Persson

Carnes, tinha poucas; de muito, só os olhos e o coração, ambos tinham o tamanho de uma lua cheia (..) 

Bruna Guedes_

Sujestivo

Tudo aquilo que eu esquecia ou negava, soube vagamente em plena queda,
era o que eu mais era.

O Pecado da Lúxuriade Ana Porfirio, el El Viernes, 08 de octubre de
2010 a las 15:08

Toca-me assim, primeiro devagar, como uma brincadeira,
 um reconhecimento,
 o toque da pele, sedoso ou mesmo áspero,
 de dois corpos que se apresentam ou reconhecem.
 Toca-me assim, devagar,
 ao de leve,
 deixa crescer assim a vertigem a ansiedade.
 Toma-me assim com as mãos, com os lábios.
 Deixa-me tocar-te assim também,
 com calma, firmeza, hesitações,
 com força, com medo, com ansiedade,
 com fome.
 Deixa crescer essa vontade.
 Pára!
 Recomeça, deixa entrelaçar braços, pernas, dedos.
 Sente o meu cheiro em ti, eu sinto o teu em mim.
 Não chega, queremos mais, mais tempo, mais rápido, mais lento.
 Olha para mim, sussurra-me ao ouvido,
 toca-me devagar com os dentes,
 como se mordesses um fruto.
 Deixa acabar a vertigem.
 Toca-me outra vez, com a calma e ânsia da fome voraz, saciada.

Texto enviado por Mariah, colaboradora do Blog,  para os leitores do Clic Fútil.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Contos Encolhidos 2

Ilustração Ana Anjos


A carne não se faz mais presente, a não ser nas lembranças da menina sonhadora que perdeu o amor para seu prórprio amor. E, agora, na vida da menina, o verbo que mais exprime com propriedade o momento é o "FOI". Foi por mim; foi pra mim; foi de mim, dizia ela.


Bruna Guedes_

Miudezas Minimalistas

Texto desprovido de excessos; desprovido de palavras e gramática. Apenas algo miúdo.
Ilustração Fernanda Guedes


Seus olhos são tão grandes quanto salobros. O tamanho deles é proporcional ao seu carisma salgado.


Bruna Guedes_

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Contos Encolhidos

Ilustração Stina Persson


Era magra, de uma esqualidez quase simpática, os cabelos longos, claros e finos emprestavam uma sensação de frio na barriga; saiam pelos seus dentes curtos e separados palavras de um azedume superlativo. Ela não gostava de si, não gostava de mim. Era alguém desprovida de sentimentos virtuosos. "ERA",- Pretérito-nem-tão-perfeito, porque morreu ontem.


Bruna Guedes_

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pra não dizer que não falei...



Falei das cores, dos amores, sabores e doces; falei das dores, dos dissabores, bolores e, também, das flores..

-Falei, porque ficar calado entope.



Bruna Guedes_

Diálogo descabido & intransferível: A PORTA



Tem alguém no banheiro?
-Não, é a porta que está emperrada.
Tens certeza? Ouço ruídos que vem de dentro dele.
-Sim, ele está vazio, assim como a sua alma.

Bruna Guedes_

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O último



"Era enfim a vida real, com meu coração a salvo, e condenado a morrer de bom amor na agonia feliz de qualquer dia depois do meus cem anos".


Fim...


[último parágrafo do livro do, sabido, García Márquez- Memória de Minhas Putas Tristes]


Bruna Guedes_

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Dê e ficará sem



Li um texto com a seguinte frase: “Exija muito de si e espere pouco dos outros”. Após a leitura me fiz a seguinte pergunta: Por que é sempre assim? As pessoas sempre te deixam como uma última opção, um plano B ou alternativa? - As vezes acontece o pior: você não se encaixa em nenhuma das opções acima. Simplesmente você é esquecido. Nem como ultima opção querem você...
Não sei se foi a TPM que me deixou sensível assim, só sei que ultimamente ando me sentindo desprestigiada, esquecida, deixada de lado. To me sentindo “desimportante” para quem eu não deveria ser. Você faz algo gentil para uma pessoa e ela te responde: - Obrigada/o, mas isso é apenas uma pessoa gentil fazendo um favor para uma pessoa educada. Mas de pessoas assim o mundo ta cheio, e quando falo de mundo isso inclui o céu e o inferno também, é como se esse tipo de ação fosse ensaiada, decorada, armada. Porém, algumas são verdadeiras, mas o resto é só de mentirinha mesmo.
Sempre te cobram companheirismo, amizade, amor, ajuda e etc. Então você os dá, mas na hora em que você precisa desses sentimentos, sabe o que acontece? Pois é, te negam. Viram as costas pra você. Tá vendo só, como aquele ditado “É DANDO QUE SE RECEBE” está equivocado! Não é dando que se recebe, pelo menos pra mim nunca foi assim.
Sempre dou o principal, que é o melhor de mim, mas nunca houve reciprocidade, nunca há, e já to quase afirmando NUNCA HAVERÁ. O jeito vai ser eu me conformar com isso e viver a vida do jeito que der.
*Não quero nada de você, mas também não terá nada de mim. N-A-D-I-N-H-A. Essa será minha filosofia de vida: “Não vou receber, mas também não vou dar".


[Ok, não tô me sentindo tão mal assim, a intenção do texto foi externar a TPM, e já sabem o que esperar quando uma mulher na fase da Tensão-Pré-Menstrual  faz isso, né? Espere ((drama)), muito dramaaa! Mas há um detalhe no texto que de dramático não tem nada, a frase citada logo no começo dele: “Exija muito de si e espere pouco dos outros”, concordo com ela até quando não estou no vermelho].



Bruna Guedes_