quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sujestivo

Tudo aquilo que eu esquecia ou negava, soube vagamente em plena queda,
era o que eu mais era.

O Pecado da Lúxuriade Ana Porfirio, el El Viernes, 08 de octubre de
2010 a las 15:08

Toca-me assim, primeiro devagar, como uma brincadeira,
 um reconhecimento,
 o toque da pele, sedoso ou mesmo áspero,
 de dois corpos que se apresentam ou reconhecem.
 Toca-me assim, devagar,
 ao de leve,
 deixa crescer assim a vertigem a ansiedade.
 Toma-me assim com as mãos, com os lábios.
 Deixa-me tocar-te assim também,
 com calma, firmeza, hesitações,
 com força, com medo, com ansiedade,
 com fome.
 Deixa crescer essa vontade.
 Pára!
 Recomeça, deixa entrelaçar braços, pernas, dedos.
 Sente o meu cheiro em ti, eu sinto o teu em mim.
 Não chega, queremos mais, mais tempo, mais rápido, mais lento.
 Olha para mim, sussurra-me ao ouvido,
 toca-me devagar com os dentes,
 como se mordesses um fruto.
 Deixa acabar a vertigem.
 Toca-me outra vez, com a calma e ânsia da fome voraz, saciada.

Texto enviado por Mariah, colaboradora do Blog,  para os leitores do Clic Fútil.

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