quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

É!

Saudade é isso: rebobinar incansavelmente as lembranças boas da vida.






Bruna Guedes_

terça-feira, 8 de novembro de 2011

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Esperei tanto que pensei que já era Natal, mas não, ainda é dia das bruxas.






Bruna Guedes_

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Declaração Romântica De Um Coração Que Ama

Camila Monnart

Pinto as unhas de rosa pra colorir a vida através das cutículas, falo de saudade porque ela está presente no hoje, no ontem e no amanhã, gosto de você por que é amor, e só é amor porque foi complicadamente fácil de ter em mim e eu em ti, assim, com muitos pronomes. Aperto na garganta, nó no peito. Sou contrária, assim como um agudo no lugar de uma crase. Faço rimas magramente pobres porque nunca fui de ler poesias. Neruda, perdoa-me, também gosto das primaveras outonais. Tenho vários olhares, o tacanho uso quando não tenho o que falar, o triste, quando quero chorar, o colorido, quando te vejo, o feliz, quando mato saudades a base de abraços apertados e beijos molhados, no total, somam-se 43 olhares, e não tem coincidência nisso aí. Sabe, sou bem medonha, tudo me inspira medo, o ônibus demorado, o metrô lotado, o trabalho não pago, a tua distância longínqua, ah, ia esquecendo, perdi meus acentos e fiquei redundante. Perdi a ordem certa de escrever também, mas tudo bem, nada disso importa, porque só ouço música boa. Uso shampo de camomila porque rima com Camila, tonta eu. Brigo porque sou frágil, grito porque não quero ouvir, sou contrariamente paradoxal. Falo que sofro de saudade porque aprendi a gostar da solidão de ser só dois, o teu azul me faz ficar aqui, o teu vermelho, mesmo tentando, nunca me deixou ir, teu cheiro de jasmim nunca saiu de mim. Agora durmo numa  cama com o tamanho ideal pra nós2, a gente se convém,  teu corpo tem o molde do meu, e o meu o teu. E assim quero viver, até o pra sempre, salivando um beijo teu. 

Bruna Guedes_

sábado, 13 de agosto de 2011

Clarividência

Rebecca

Olhando o branco lúgubre dos olhos daqueles, vejo com a memória o que antes eu enxergava com os olhos. Lembranças fedidas que de tão velhas ficaram apodrecidas. E a couraça impermeável de qualquer afetividade, furta-me das virtudes de uma vida docemente lembrada e mais, de amar e ser amada. É triste a sorte de quem veio ao mundo para esgotar todas as suas lágrimas.

Bruna Guedes_

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Falo de Gente

Elodie

Comigo tenho poucos, pouquíssimos mesmo. Descobri isso hoje, olhando pra trás, e querendo a todo momento estar míopo. Mas sei que pra esse tipo de descoberta não se precisa enxergar e sim, sentir.




Bruna Guedes_

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Do Que Não Sara

Pedro Franz
Os cortes nunca saram. - Por quê? Porque sofro de quelóide na alma. E a cada lesão diária, as cicatrizes ficam cada vez maiores, avermelhadas e mais machucadas.



Bruna Guedes_

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sobramos


Desconhecido


... (espero que as coisas passem e só sobre a gente, você e eu) 



Bruna Guedes_

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Contos Encolhidos- Palco da Vida

Rebeca Dautremer
Assistindo espetáculos da vida real, observa-se pessoas chorando alto, sorrindo pouco e fingindo que gostam um  dos outros. Pior, fingindo que gostam da vida que levam soprando sorrisos falsos e textos nas suas vidas onlines de felicidade amável. Mas na verdade, chegaram ao fundo de um poço raso  que nem água encontraram. Mas ali no canto, alguém assiste tudo de longe e acredita que a grama do outro,  se olhar de perto, não é mais verde e nem melhor que o seu teto.

Bruna Guedes_

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Contos Encolhidos- Chovemos

Stina Persson

Não foi uma gota num copo d'água, foi uma tempestade inteira.
Culpa dos olhos, que estavam mais encharcados que as nuvens cinzas de um céu de verão.

Bruna Guedes_

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Contos Encolhidos: Meretriz Musical

Ela gostava de música. Boas e más músicas. Não importava, ela só  queria ouvir o cantarolar dos discos na sua vitrola antiga e dolorida. A meretriz escolhia um trilha pra cada noite do dia. Cada homem que na sua cama dormia, a ele  uma música dedicaria. 
Péssimo era que tanto as músicas boas, quanto as músicas ruins eram tristes, sempre tristes. Os intérpretes pareciam cantar lágrimas e sofrimentos. Dó-Ré-Mi-Fá-SÓzinha. Era assim que ela se sentia, e sentia isso com os ouvidos, em tons e timbres graves desprovidos de qualquer alegria.  


Bruna Guedes_

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Contos Encolhidos: Descolorindo Olhos

Ben Tour

Cores, tinha algumas, principalmente nos olhos; precisamente abaixo deles. As olheiras acompanhava-a todo santo dia, denunciando que bem ela não estava e nem se sentia. Mas aí, um belo dia, encontrou uma razão para sua vida. E descobriu que sonhar fazia bem e tentar realizar os sonhos lhe trazia uma alegria infinita. Dali em diante, perdeu o medo, a tristeza e, inclusive, as olheiras; e fez planos sob um céu escuro, mas cheio de estrelas.

Bruna Guedes_

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O dia em que comecei a ouvir melhor





Depois daquela água os meus ouvidos nunca mais foram os mesmos, porque comecei a ouvir as verdades da vida em tom mais alto e estridente. E agora, insuportavelmente, sei das coisas, porém, continuo sem falar delas.

Bruna Guedes_

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O infinito das tuas pintas epiteliais

Ilustração Ben Tour


Tem amor? Tem amor?
-Tem sim, senhor!
Tem felicidade? Tem felicidade?
-Tem Doutor!
Tem mais o quê?
-Tem tuas costas que parecem
mais o céu; cheia de pintas na cor
marrom. De tantas, parecem ser infinitas,
assim como as estrelas.
Ah, as tuas costas, me faz bem olhá-las e,
principalmente, tocá-las. É como se céu fosse mais embaixo
e do meu lado. Aqui é o paraíso, o meu paraíso.
Cada vez mais penso, cada vez mais quero, cada vez mais sinto;
Cada vez mais vejo, cada vez mais me inspira essas tuas pintas.
E o doutor já disse: "sofres de paixonite crónica-permanente-vitalícia."


Bruna Guedes_

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Contos encolhidos: Infeliz alegria do amor que não sentia


Ilustração ABOVE

Menino da cor de arroz; branco, pálido e crú. Crú nas coisas da vida, nas coisas de que é mais feita a vida: a dor. Ele não sentia dor, era dormente, anestesiado à qualquer coisa que o fizesse sentir algo diferente de alegria. Porém, não era feliz, porque não conhecia e nem sabia o que era viver. Ele não conhecia o amor.

Bruna Guedes_

Do jeito que eu gosto: cheio de eufemismos e adjetivos!



"Era ela, elástica, com uma pele suave da cor do pão e olhos de amêndoas verdes, e tinha o cabelo liso e negro e longo até as costas, e uma aura de antiguidade que tanto podia ser da Indonésia como dos Andes. Estava vestida com um gosto sutil: jaqueta de lince, blusa de seda natural com flores muito tênues, calças de linho cru, e uns sapatos rasos da cor das buganvílias. "Esta é a mulher mais bela que vi na vida", pensei, quando a vi passar com seus sigilosos passos de leoa, enquanto eu fazia fila para abordar o avião para Nova York no aeroporto Charles de Gaulle de Paris. Foi uma aparição sobrenatural que existiu um só instante e desapareceu na multidão do saguão."

--- trecho de "O avião da bela adormecida", uma das histórias de "Doze contos peregrinos" (García Márquez.)



Bruna Guedes_

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ajudar. Quem Escolhe Somos Nós!

Ajudem a divulgar e participem também, porque conhecimento é direito de todos e um dever de todos nós em repassar ao próximo. Vamos ajudar gente, publiquem a imagem em blogs, álbuns, mural, orkut e twitter!
Para mais informações acesse:  


http://www.quemescolhesomosnos.org/ 


http://www.araujosuper.com.br

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Alegre nostalgia

 Acabei de ler meu passado. E sabe de uma coisa? Ele foi, lindamente, escrito.




Bruna Guedes_

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011